Jon Hochschartner
Nascida em 1887, Maria Lacerda de Moura, a radical de esquerda brasileira, se opunha aos testes em animais. Apesar de ser frequentemente identificada como anarquista individualista, isso parece ser reducionista, já que numerosas fontes a descrevem como uma apoiadora da luta de classes que condenava o capitalismo. De acordo com Francesca Miller, Moura tinha simpatia para com os objetivos do socialismo internacional, mas rejeitava toda afiliação política. Miller sugeriu que ela fazia isso em termos feministas, citando um livro de 1932 escrito pela esquerdista. “Até agora, qual foi o partido ou programa que apresentou uma solução para o problema da felicidade feminina?”, disse Moura. “Quem se lembrou de libertar as mulheres?… A pátria, o lar, a sociedade, a religião, a moralidade, os bons costumes, os direitos civis e políticos, o comunismo, o fascismo, qualquer outro ismo, revoluções e barricadas… continua a ser a escrava, um instrumento habilidosamente manipulado por homens para suas causas sectárias, sedentas de poder, econômicas, religiosas, políticas ou sociais.”
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