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Garaseva, Anna (1902-1994) e Garaseva, Tatiana (1901-1997+)

Nick Heath

 

Anna GarasevaAnna Garaseva e sua irmã mais velha, Tatiana, eram as filhas de uma professora que lecionava no ensino médio em Ryazan. Tatiana nasceu em 1901 e Ana, em 7 de dezembro de 1902. Em 1917, Tatiana foi admitida na Universidade de Moscou, onde assistiu às aulas do professor anarquista Alexei Borovoi. Tatiana se juntou ao clube anarquista estudantil composto primariamente de jovens mulheres. Ela se via como anarcossindicalista.

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A Plebe

Algumas edições de diferentes fases do jornal anarco-comunista/anarcossindicalista. Editado por Edgard Leuenroth na primeira metade do século XX, recebeu contribuição de diversos nomes importantes do anarquismo brasileiro. Digitalizado pelo Arquivo Bem-Estar e Liberdade a partir de edições depositadas no Arquivo Edgard Leuenroth, na Universidade Estadual de Campinas-SP. Material em português.

 

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O Nacionalismo e o Caminho para a Felicidade dos Chineses

Ba Jin

 

A sociedade chinesa está agora em sua fase mais sombria. Sob tais circunstâncias, pessoas jovens tornam-se impotentes e fracas sem o poder de resistir à corrupção. Mesmo as corajosas podem apenas ficarem quietas e se submeterem ao destino. Quando elas são realmente insuportáveis, o suicídio é a única saída. A China está paralisada; onde podemos encontrar felicidade? Algumas juventudes conscientes acreditam que a única maneira de melhorar a situação atual da China é promover o “nacionalismo”, e identificam o “nacionalismo” como o único caminho para a felicidade dos chineses. As vozes do “nacionalismo” se espalharam por toda a nação. Eu tremo com tal pensamento. O “nacionalismo” é de fato o obstáculo ao progresso humano. Sendo membro desta sociedade, eu não posso aceitar o nacionalismo contra a minha consciência. Eu tenho que argumentar contra o nacionalismo e demonstrar o caminho real para a felicidade dos chineses. Minhas palavras são sinceras e eu desejo receber a simpatia das pessoas que se recusam a ignorar sua consciência.

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Bolcheviques Fuzilando Anarquistas

Emma Goldman
Alexander Berkman

 

Acabamos de receber a seguinte carta de nossos companheiros Emma Goldman e Alexander Berkman, que estão agora ilhados em Estocolmo. Esta carta nos mostra a verdade sobre a terrível perseguição dos anarquistas na Rússia. Pedimos que todos os jornais anarquistas e sindicalistas republiquem esta carta, e esperamos que os companheiros neste país ajudem-nos a pressionar a venda desta edição, a qual imprimimos em um número muito maior do que o comum.

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Baron, Fanya (1887-1921)

Nick Heath

 

Fanya BaronBaron era o tipo de mulher russa completamente consagrada à causa da humanidade. Enquanto esteve nos Estados Unidos, ela dedicou todo seu tempo livre e uma boa parte de sua magra renda em uma fábrica para avançar a propaganda anarquista. Anos depois, quando a conheci em Kharkov, seu zelo e devoção tinham se tornados mais intensos devido à perseguição que ela e seus companheiros haviam suportado desde seu retorno à Rússia. Ela possuía coragem desenfreada e um espírito generoso. Ela podia realizar a tarefa mais difícil e se privar do último pedaço de pão com graça e completo altruísmo. Sob condições penosas de viagem, Fanya ia para cima e para baixo da Ucrânia para espalhar o Nabat, para organizar os trabalhadores e os camponeses, ou para trazer ajuda e socorro aos seus companheiros aprisionados. Ela foi uma das vítimas da batida de Butyrki, quando foi arrastada por seu cabelo e bastante espancada. Depois de sua escapada da prisão de Ryazan, ela caminhou pesadamente até Moscou, chegando em farrapos e sem um tostão. Foi sua condição desesperada que a levou a buscar abrigo com o irmão de seu marido, em cuja casa foi descoberta pela Tcheka. Esta mulher de grande coração, que serviu à Revolução Social por toda a sua vida, foi levada à morte pelas pessoas que fingiram ser a guarda dianteira da revolução. Não contentes com o crime de ter matado Fanya Baron, o governo soviético colocou o estigma do banditismo sobre a memória de sua vítima morta.

Emma Goldman – My Further Disillusionment in Russia

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Anarquismo

Charlotte Wilson

 

A vida em comum desenvolveu o instinto social em duas direções conflituosas, e a história de nossa experiência no pensamento e na ação é o registro desta luta dentro de cada indivíduo e sua reflexão dentro de cada sociedade. Uma tendência é em direção à dominação; em outras palavras, em direção à asserção do ego menor e sensual contra o ego similar de outros, sem ver que, por esta atitude, a verdadeira individualidade se empobrece, se esvazia e se reduz à nulidade. A outra tendência é em direção à fraternidade igualitária, ou à autoafirmação e ao cumprimento do ego maior, o único verdadeiro e humano, que inclui toda a natureza, e dissolve, desse modo, a ilusão do mero individualismo atômico.

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Voltairine de CleyreMeu ideal seria uma condição em que todos os recursos naturais fossem para sempre livres para todos, e o trabalhador individualmente fosse capaz de produzir para si mesmo suficientemente para todas as suas necessidades vitais, se ele assim escolhesse, de modo que ele não precisasse governar seu trabalho ou não trabalho pelas vezes e estações de seus companheiros.

Voltairine de Cleyre, sobre seu ideal econômico sob o anarquismo

Anarquismo e Religião

Nicolas Walter

 

Para o propósito atual, define-se anarquismo como a ideologia política e social que defende que os agrupamentos humanos podem e devem existir sem autoridade instituída, e especialmente como o movimento anarquista histórico dos últimos duzentos anos; e define-se religião como a crença na existência e na significância de seres sobrenaturais, e especialmente como o sistema judaico-cristão prevalecente dos últimos duzentos anos. Meu tema é a pergunta: Há alguma conexão necessária entre os dois, e, se há, qual é ela? As possíveis respostas são as seguintes: pode não haver qualquer conexão, se as crenças a respeito da sociedade humana e da natureza do universo forem bem independentes; e, se há conexão, ela pode ser ou positiva, se anarquismo e religião reforçam um ao outro, ou negativa, se anarquismo e religião contradizem um ao outro.

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Anarquismo: A Conexão Feminista

Peggy Kornegger

 

Há onze anos atrás, quando eu estava em escola de ensino médio de uma cidade pequena de Illinois, eu nunca tinha ouvido falar da palavra “anarquismo” – de forma alguma. O mais perto dela que eu havia chegado era descobrir que anarquia significava “caos”. Quanto a socialismo e comunismo, minhas aulas de história de alguma forma passavam a mensagem de que não havia diferença entre eles e o fascismo, uma palavra que trazia à mente Hitler, campos de concentração e todos os tipos de coisas horríveis que nunca aconteceram em países livres como o nosso. Eu estava sutilmente sendo ensinada a engolir a insipidez da tradicional política estadunidense: moderação, cessão, ficar em cima do muro, idolatrar Chuck Percy. Eu aprendi bem a lição: levei anos para reconhecer a confusão e a distorção que moldaram minha “educação” inteira. A história do homem (branco) queria exatamente isso; como mulher, eu estava relegada a uma existência vicária. Como anarquista, eu não tinha nenhuma existência. Um pedaço inteiro do passado (e, portanto, possibilidades para o futuro) havia sido escondido de mim. Somente recentemente eu descobri que muitos dos meus impulsos e inclinações políticas desconectadas compartilhavam uma perspectiva em comum – ou seja, a tradição anarquista ou libertária de pensamento. Eu estava me sentindo como se de repente tivesse começado a enxergar vermelho depois de anos de cinzas daltônicos.

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