Dia Internacional contra o DRM

Esta terça-feira, dia 6 de maio de 2014, é o dia em que diversos grupos e indivíduos ao redor do mundo se unem em protesto aos mecanismos conhecidos como gerenciamento de direitos digitais ou gestão de restrições digitais (DRM, do inglês Digital Rights Management), que são nada mais que tecnologias que limitam o que os indivíduos em posse de um determinado produto podem fazer com o mesmo.

São frutos do DRM, por exemplo, os discos de música ou vídeo com proteção contra cópias; os programas de computador com número limitado de vezes que podem ser instalados; os jogos eletrônicos que requerem uma conexão constante à Internet; e os livros digitais que não podem ser copiados ou impressos, entre outros.

Apesar de a proteção aos direitos autorais ser utilizada como desculpa para a implementação de DRM, o que já seria ruim por si só, por diversas vezes foi argumentado que o DRM não tem qualquer efeito sobre a pirataria e serve apenas para prejudicar o indivíduo que utiliza a mídia, o que é algo abominável até mesmo dentro do contexto do atual sistema econômico capitalista.

Como lutamos por uma era em que a cultura seja livre de quaisquer restrições e independente de interesses comerciais, este projeto aproveita o Dia Internacional contra o DRM para reiniciar o esforço de disponibilização de literatura lusófona mantido anteriormente, começando pelo relançamento das publicações do antigo Ateneu Diego Giménez.

O primeiro relançamento é A Revolução Social e a Sua Interpretação Anarquista, do português José Correia Pires, livre de qualquer restrição digital, assim como os trabalhos futuros, que poderão ser acessados no menu Tipo Livros. Atente-se às próximas publicações!

Ecologia, Anarquismo e Esforço Revolucionário

Cami Álvares Santos

 

O anarquismo, por ser fundado sobre princípios éticos antiautoritários, também se posiciona contra o totalitarismo presente na atual relação da humanidade para com o restante da natureza. A hierarquia androantropocêntrica, com o homem no topo e o planeta na base, é uma estrutura absolutista que causa mal a todas as formas de vida, incluindo o ser humano.

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Desde que me lembro, a origem de minha revolta contra os poderosos era o meu horror às torturas infligidas sobre os animais. Eu costumava desejar que os animais pudessem se vingar, que o cachorro pudesse morder o homem que estava batendo nele sem misericórdia, que o cavalo sangrando sob o chicote pudesse afastar o homem que o atormentava. Mas animais mudos sempre se submetem ao seu destino.

Louise Michel, em suas memórias

Mulher e Trabalho no Domínio do Capital

Laure Akai

 
A posição do trabalho na Polônia no prisma da ideologia neoliberal

A relação das trabalhadoras e dos trabalhadores ao capital é muito clara: seu objetivo é produzir excedentes (lucro) para aqueles que investem dinheiro, para melhorar a qualidade da vida dessas pessoas e aumentar o seu poder de posse, investimento e controle. O dogma neoliberal instilado nas pessoas as convence de que essa é uma relação natural. Além disso, levam trabalhadoras e trabalhadores a crer que os capitalistas estão lhes fazendo um favor ao “criar empregos”. Nos ensinam que devemos implorar e competir com outrem por trabalho, e então obedecer a todas as exigências dos patrões para permanecermos no emprego. Nossa própria existência material depende de nossa vontade e habilidade de satisfazermos as necessidades de nossos empregadores. Nossas próprias necessidades são geralmente adiadas ou esquecidas.

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Hipocrisia Vermelha e Preta (e Marrom)

Laure Akai

 

Há alguns meses atrás veio à tona que havia alguns nazistas dentro da Confederación General del Trabajo (CGT) na Espanha. Eles foram expulsos depois de um escândalo midiático, com a CGT alegando que tinha sido infiltrada, que não sabia e reagiu imediatamente. Outros de dentro da CGT reclamaram que as pessoas sabiam, mas nada foi feito a respeito disso. É claro que o último caso sugeriria que o sindicato tolerava esta presença direitista.

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O Que É Anarquismo?

Cami Álvares Santos

 

A maioria das pessoas possui uma concepção errada a respeito do que é anarquismo. Imaginam anarquistas como arruaceiros que fazem atentados a bomba e que se vestem de forma esquisita. Na verdade, estes são apenas estereótipos que foram disseminados por aqueles que não desejam que o povo saiba sobre o que realmente é a ideia anarquista. Somos pessoas normais, que trabalham, que estudam, que têm familiares e amizades, que amam e sofrem, que lutam. A única coisa que nos diferencia é o nosso desejo de libertação.

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Por Que Hitler Não Era Vegetariano

Rynn Berry

 

Um dos comentários frequentemente direcionados àqueles como eu, que escrevem sobre vegetarianos famosos do passado – e sobre como muitos deles eram modelos de não-violência e compaixão – é o seguinte: “Mas Hitler não era vegetariano?”. Um exemplo disso aconteceu em 1991, quando escrevi para o New York Times comentando sobre o vegetarianismo de Isaac Bashevis Singer e como esta importante qualidade da vida de Singer foi ignorada em seu recente obituário. Eu havia entrevistado Singer para meu livro Famous Vegetarians and Their Favorite Recipes e ele havia sido veemente na questão de respeito pelos animais.

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Primeiro de Maio

Max dos Vasconcelos

 

Dia grande e cruel à memória operária,
Hinos brancos de Paz, hinos rubros de Guerra,
A Bandeira do Amor que se fez incendiária…

Data fatal que em si ao mesmo tempo encerra
A promessa do Bem ao coração do Pária
E juramento de Ódio aos senhores da Terra!

Olhar perdido além, num horizonte vago,
Num sonho em que se vê o Mundo Comunista,
Ou se lembram talvez os mortos de Chicago!

Grande marco miliário à suprema conquista
Do País Ideal onde se esplaina o Lago
Verde-azul da Concórdia a consolar a vista…

Calendimaio! O Sol que te ilumina seja
O último a iluminar as grades da Prisão,
Os muros do Quartel e as fachadas da Igreja;

E amanhã, ao brotar do grande Astro o clarão,
Que aos seus raios triunfais o Homem por fim se veja
Sobre a Terra, a cantar, liberto do patrão!…

 

Publicado originalmente em
A Voz do Trabalhador, Rio de Janeiro, 1º de maio de 1913

 

A Liberdade

Começo

Olá!

Este é um novo projeto que busca contribuir com os movimentos de cunho radical e libertário através de práticas de difusão cultural. Este projeto pode ser considerado o resultado da convergência entre diferentes esforços iniciados e interrompidos anteriormente, portanto possui conteúdo bastante diverso.

Assuntos como anarquismo, comunismo, ecologia, veganismo, feminismo, arte, educação, ciência, tecnologia, ateísmo e anacionalismo são seus focos principais.

Espera-se que livrya ajude na divulgação dos ideais radicais e libertários, na conscientização de militantes em potencial e na organização de resistência.