Por Que Hitler Não Era Vegetariano

Rynn Berry

 

Um dos comentários frequentemente direcionados àqueles como eu, que escrevem sobre vegetarianos famosos do passado – e sobre como muitos deles eram modelos de não-violência e compaixão – é o seguinte: “Mas Hitler não era vegetariano?”. Um exemplo disso aconteceu em 1991, quando escrevi para o New York Times comentando sobre o vegetarianismo de Isaac Bashevis Singer e como esta importante qualidade da vida de Singer foi ignorada em seu recente obituário. Eu havia entrevistado Singer para meu livro Famous Vegetarians and Their Favorite Recipes e ele havia sido veemente na questão de respeito pelos animais.

Duas semanas depois, sob o título “O Caminho Vegetariano para a Paz Mundial”, o Times publicou uma resposta à minha carta da conhecida autora e ensaísta novaiorquina Janet Malcom. Vale a pena uma citação completa: “A bela carta de Rynn Berry sobre o vegetarianismo de Isaac Bashevis Singer me lembrou do comentário que o Sr. Singer fez durante um almoço a uma mulher que percebeu positivamente que ele havia se recusado a comer um prato com carne e que sua saúde havia melhorado quando ela também largou a carne. ‘Eu faço isso pela saúde das galinhas’, o Sr. Singer disse. A crença do Sr. Singer, citada pelo Sr. Berry, de que ‘tudo que se conecta ao vegetarianismo é da mais alta importância, porque nunca haverá paz no mundo enquanto comermos animais’, pode ter deixado algumas pessoas confusas. O que comer ou deixar de comer carne tem a ver com a paz mundial? Milan Kundera nos dá a resposta na página 289 de A Insustentável Leveza do Ser: ‘A verdadeira bondade humana, em toda sua pureza e liberdade, pode vir à tona somente quando seu recipiente não tem poder. O verdadeiro teste moral da humanidade (que está profundamente escondido da visão) consiste de sua atitude perante quem está à sua misericórdia: os animais. E, nesse aspecto, a humanidade cometeu uma falha tão fundamental que todas as outras se ramificam a partir dela’.”

A resposta de Janet Malcom a minha carta provocou a resposta de outro leitor do Times. Sob o título “E Quanto a Hitler?”, o escritor criticava a Srta. Malcom por implicar que a aceitação universal do vegetarianismo traria paz mundial porque “Adolf Hitler foi vegetariano por toda a sua vida e escreveu extensivamente a respeito”.

Para mim, esta questão era previsível demais, pois eu ainda não pude falar sobre o vegetarianismo sem que essa questão de mal gosto a respeito do vegetarianismo de Hitler fosse levantada. Invariavelmente, em cada seção de autógrafos em livrarias, em cada palestra, em cada entrevista por telefone para a televisão, pelo menos uma pessoa me perguntou jocosamente: “Hitler está em seu livro?” ou “Por que você não colocou Hitler no seu livro?”

Em seguida à última carta em setembro de 1991, o New York Times publicou duas réplicas a essa questão. Sob o título “Não ponha Hitler entre os vegetarianos”, o correspondente (Richard Schwarts, autor de Judaism and Vegetarianism) explicou que Hitler ocasionalmente adotava regimes vegetarianos para se curar de sudorese e flatulência excessivas, mas que sua dieta principal era baseada em carne. Ele também citou Robert Payne, Albert Speer e outros famosos biógrafos de Hitler, que mencionaram a sua predileção por comidas não vegetarianas como linguiças bavárias, presunto, fígado e caçados. Ademais, argumentou-se, se Hitler fosse vegetariano ele não teria banido as organizações vegetarianas na Alemanha e nos territórios ocupados, nem teria deixado de pedir uma dieta sem carne ao povo alemão como uma maneira de lidar com a escassez alimentar da Alemanha na Segunda Guerra Mundial.

Sob a manchete “Ele Adorava Pombo Assado”, outra correspondente citava uma passagem de um livro de receitas que havia sido escrito por uma chefe europeia, Dione Lucas, uma testemunha do onivorismo de Hitler. Em seu Gourmet Cooking School Cookbook (1964), Lucas, lembrando de sua experiência como chefe de cozinha em um hotel em Hamburgo durante os anos 1930, se lembrou de ter sido frequentemente chamada para preparar o prato preferido de Hitler, que não era vegetariano: “Eu não quero estragar seu apetite por pombo recheado,” ela escreve, “mas talvez você se interesse em saber que ele era um dos favoritos do Sr. Hitler, que jantava no hotel frequentemente. Porém, não deixemos que isso estrague uma bela receita”.

Nem mesmo o New York Times de agosto tem uma equipe grande o suficiente para verificar todos os fatos contidos nas cartas publicadas na seção de Cartas ao Editor; então, eu decidi procurar passagens específicas na biografia de Hitler escrita por Payne e The Gourmet Cooking School Cookbook de Dione Lucas que colocam dúvidas sobre o vegetarianismo de Hitler. Com certeza, Robert Payne, cuja biografia de Hitler, The Life and Death of Adolf Hitler, que foi chamada de definitiva, desmente o rumor de que Hitler possa ter sido vegetariano. De acordo com Payne, o vegetarianismo de Hitler foi uma mentira inventada por seu ministro de propaganda Joseph Goebbels para dar a ele a aura de um revolucionário asceta, um Gandhi fascista, se você preferir. É válido citar diretamente a partir da biografia de Payne[1]:

 

O ascetismo de Hitler desempenhou um papel fundamental na imagem que ele projetou sobre a Alemanha. De acordo com a lenda amplamente disseminada, ele não fumava e nem bebia, nem comia carne nem tinha nada com mulheres. Somente o primeiro era verdade. Ele bebia cerveja e vinho diluído frequentemente, tinha uma apreciação especial por linguiças bávaras e mantinha uma amante, Eva Braun, que vivia com ele silenciosamente no Berghof. Houve outros casos discretos com mulheres. Seu ascetismo era uma mentira inventada por Goebbels para enfatizar sua dedicação total, seu autocontrole, a distância que o separava dos outros homens. Através dessa demonstração de ascetismo, ele podia alegar que estava dedicado ao serviço de seu povo.

De fato, ele era notadamente autoindulgente e não possuía nenhum instinto de asceta. Seu cozinheiro, um homem enormemente gordo chamado Willy Kanneneberg, produzia refeições especiais e agia como um bobo da corte. Apesar de Hitler não apreciar carne exceto na forma de linguiças e de nunca comer peixe, ele gostava de caviar. Ele era conhecedor de doces, frutas cristalizadas e bolos de creme, os quais ele consumia em quantidades assustadoras. Ele bebia chá e café mergulhados em creme e açúcar. Nenhum ditador jamais gostou tanto de doces.

 

E aí nós temos: Hitler comia linguiças bávaras e caviar. Nem mesmo a definição mais flexível de vegetarianismo pode ser esticada para englobar estas abominações gastronômicas. Entretanto, porque pessoas que não são vegetarianas frequentemente possuem uma definição elástica do que constitui um vegetariano, elas acham que pessoas como Hitler que comem peixe, pombo e linguiças são vegetarianas. Por este critério, até mesmo chacais e hienas, que comem frutas e vegetais entre as matanças, poderiam ser classificadas como vegetarianas. A Dra. Roberta Kalechofsky argumenta de forma semelhante em seu ensaio entitulado “O Vegetarianismo de Hitler: Uma Questão de Como Você Define Vegetarianismo”[2]:

 

O material biográfico sobre o alegado ou qualificado vegetarianismo de Hitler são contraditórios. Ele era algumas vezes descrito como ‘vegetariano’, mas seu gosto por linguiças, caviar e ocasionalmente presunto era bem conhecido. Por outro lado, com base nas comidas que se sabe que ele gostava ou comia, a ‘carne vermelha’ nunca é listada. Seu alegado vegetarianismo era frequentemente acompanhado de uma descrição dele como um indivíduo asceta. Por exemplo, no dia 14 de abril de 1996, a edição de domingo do New York Times, comemorando seu 100º aniversário, incluía esta descrição anterior da dieta de Hitler em um artigo publicado previamente em 30 de maio de 1937, ‘Em Casa com o Führer’: ‘É bastante conhecido que Hitler é vegetariano e que não fuma ou bebe. Seu almoço e jantar consistem, portanto, em sua maior parte, de sopa, ovos, verduras e água mineral, apesar dele ocasionalmente se deliciar com uma fatia de presunto e aliviar a monotonia de sua dieta com delícias como caviar…’. A definição do New York Times de ‘vegetariano’, que incluía comidas como presunto é uma enorme flexibilização da definição de ‘vegetariano’.[3]

 

Uma grande flexibilização, de fato! Mesmo tão cedo quanto 1911, a 11ª edição da Enciclopédia Britânica (um dos mais amplamente consultados trabalhos de referência) definia vegetarianismo como o que se segue: “vegetarianismo, uma palavra relativamente moderna, que começou a ser usada aproximadamente no ano de 1847, aplicada para o uso de comidas das quais peixe, carne e aves são excluídas”.[4] Então, realmente não há desculpa para que um editor do New York Yimes escrevendo nos anos 1930 esteja tão desinformado ao ponto de chamar Hitler de vegetariano.

Todavia, os biógrafos modernos, que também deveriam ser mais sensatos, perpetuaram o mito de que Hitler era vegetariano simplesmente porque eles falharam em fazer sua lição de casa neste assunto; então, seus livros, apesar de esclarecedores em outros aspectos, são falhos. Mesmo médicos que assinaram biografias de Hitler estão risivelmente mal-informados a respeito da dieta vegetariana sobre a qual escreveram com ar de autoridade pomposa. Para citar apenas o exemplo mais recente: o Dr. Fritz Redlich, em seu livro Hitler: Diagnosis of a Destructive Prophet, diz “Vários associados de Hitler, entre eles Otto Wagener, relataram que Hitler se tornou vegetariano depois da morte de sua sobrinha Angela (Geli) Raubal em 1931. Quando adolescente e adulto jovem, Hitler com certeza comia carne. Ele também comia carne durante seu serviço na Primeira Guerra Mundial e provavelmente antes de seu aprisionamento em Landsberg. O vegetarianismo de Hitler era bem estrito.[5] Ele apreciava a comida crua mas não aderia a uma dieta de comidas não cozidas, a qual era uma moda na época. Ele evitava qualquer tipo de carne, com a exceção de um prato austríaco que adorava, Leberknodl (crosta de fígado)”.[6] É típico que o Dr. Redlich não se sente obrigado a explicar como Hitler poderia ser um vegetariano estrito e ainda cultivar sua paixão por crostas de fígado!

Hitler não se descreveu como “vegetariano” até 1937. Isso pode ter sido precipitado por uma resposta emocional à morte de sua sobrinha, que estava apaixonada por ele e pode ter tirado sua própria vida. Isso pelo menos era o que pensava Frau Hess, um amigo próximo de Hitler: “Ele havia feito tais observações anteriormente, e havia flertado com a ideia do vegetarianismo, mas, desta vez, de acordo com Frau Hess, ele estava falando sério. Daquele momento em diante, Hitler nunca comeu nenhum outro pedaço de carne com exceção de crostas de fígado”.[7] Sobre esta passagem, que é citada na biografia de Hitler de John Toland, o Dr. Kalechofsky comenta: “Isso é consistente com outras descrições da dieta de Hitler, que sempre incluía alguma forma de carne, fosse presunto, linguiças ou crostas de fígado”.[8]

Além disso, poderia ser deduzido que Hitler não era um vegetariano verdadeiro devido ao estado precário de sua saúde. Em sua carta ao Times, Richard Schwartz mencionou que Hitler havia sofrido de sudorese e flatulência excessivas. Além dessas enfermidades, ele também sofria de apodrecimento dentário, desordens gástricas agudas, endurecimento das artérias (uma doença tipicamente onívora), uma indisposição do fígado[9], e ele possuía doença cardíaca incurável (esclerose coronária progressiva)[10]. Seus médicos lhe deram doses pesadas de drogas que incluíam uma solução de cocaína a dez por cento[11], pílulas de estricnina[12], e injeções de testículos bovinos pulverizados[13]. Certamente, ele não experimentou a saúde robusta que passou a ser associada com o vegetarianismo; pelo contrário, seus sintomas são aqueles associados com alta ingestão de comida animal.

Mais além, durante o Reich, os vegetarianos foram proibidos de organizar novos grupos ou iniciar publicações. Uma revista vegetariana de destaque, Vegetarian Warte, suspendeu sua publicação em Frankfurt em 1933. Um jornal competidor, The Vegetarian Press, foi permitido a se arrastar durante os anos nazistas, porém severamente debilitado: foi proibido de usar o termo “movimento vegetariano”, e foi impedido de publicar a hora e o local de encontros vegetarianos.

Consequentemente, os vegetarianos, dispostos a correr o risco de aprisionamento ou pior, foram compelidos a se encontrarem em segredo. Hitler ilegalizou a sociedade mazdeana – que era baseada nos ensinamentos vegetarianos de Zoroastra – ostensivamente porque seu presidente, Dr. Rauth, era judeu. Mas todas as outras sociedades vegetarianas foram declaradas ilegais e foram forçadas a se tornar membros da Sociedade Alemã para a Reforma Viva. Membros destas antigas sociedades vegetarianas estavam sujeitos a buscas em suas casas; durante estas batidas, a Gestapo até mesmo confiscava livros que continham receitas vegetarianas. Enquanto era chanceler, Hitler não fez nada para avançar a causa do vegetarianismo na Alemanha. Com uma assinatura ele poderia ter tornado o vegetarianismo a lei dietética do país. Ao invés disso, fez tudo o que pôde para combatê-lo.

Durante o percurso de confirmação de fatos na literatura bibliográfica de Hitler, eu não pude deixar de notar o quão apaixonado Hitler era em sua denúncia dos maus do tabaco. Ele disse, “Eu não ofereceria um cigarro a ninguém que eu admirasse, já que eu estaria fazendo a ele um desserviço. É consenso universal que não fumantes vivem mais que fumantes, e que durante a doença possuem mais resistência”.[14] De fato, ele possuía uma oferta corrente de um relógio de ouro para qualquer um em seu círculo que abandonasse o tabaco. À sua amante, Eva Braun, entretanto, ele deu um ultimato: “Deixe de fumar ou me deixe”.[15] Me ocorreu que, se Hitler fosse um vegetariano verdadeiro, ele teria sido tão incisivo contra o consumo de carne quanto era contra o cigarro, mas eu procurei em vão por tal discussão. Certamente, não havia uma oferta por um relógio de ouro para quem abandonasse o onivorismo; nem ele deu um ultimato a Eva Braun de “Deixe de comer carne ou me deixe”.

Finalmente, eu decidi checar a referência ao prato favorito de Hitler em The Gourmet Cooking School Cookbook, de Dione Lucas. Vale a pena notar que Dione Lucas foi uma espécie de precursora da popular chefe “francesa” de televisão, Julia Childe. Uma das primeiras a abrir uma escola de culinária de sucesso nos EUA, Lucas também foi uma das primeiras chefes a popularizar a cozinha francesa na televisão nos anos 1950 e 1960. Durante os anos 1930, antes de vir aos EUA, ela havia trabalhado como chefe de cozinha em um hotel em Hamburgo, onde Adolf Hitler era um de seus clientes regulares. Em uma de minhas expedições de caça a livros, eu encontrei uma cópia de seu Gourmet Cooking School Cookbook em um alfarrábio. Tirando a poeira e as teias de aranha que se depositaram em sua capa, eu o abri e fui para a página 89. Havia, tão claro quanto o bigode chaplinesco na face do Führer, a receita preferida de Hitler.

 

Eu aprendi esta receita enquanto trabalhava como chefe antes da Segunda Guerra Mundial, em um dos grandes hotéis de Hamburgo, Alemanha. Eu não quero estragar seu apetite por pombo recheado, mas talvez você se interesse em saber que ele era um dos favoritos do Sr. Hitler, que jantava no hotel frequentemente. Porém, não deixemos que isso estrague uma bela receita.[16]

 

Quase tão revelador quanto o primeiro parágrafo era o que o seguia: “Uma das grandes irritações ao se comer pombo são as dezenas de pequenos ossos com que você deve lutar para cada pedaço de carne que pega. A hora que tiver terminado, seu prato parece uma tumba, você está exausta, e há uma suspeita persistente de que a caça não valeu a pena”.[17] Sentado em seu abrigo em Berlin, segurando a pistola Walther 7.65 que terminaria sua vida, Hitler deve ter ecoado os sentimentos de Lucas enquanto analisava as ruínas de seu Reich – a tumba que era a Europa, a exaustão física e mental e a sensação de que a caça não valeu a pena. Está tudo aí – a queda do “Reich de mil anos” em um prato de pombo!

Acredita-se que Hitler morreu por uma ferida de arma de fogo autoinfligida; sua esposa, Eva Braun, de uma dose de cianeto de potássio autoadministrada. Quando Hitler se consultou com seu médico sobre a forma mais eficiente de cometer suicídio, seu médico recomendou que atirasse em sua têmpora, e, ao mesmo tempo, mordesse uma ampola de cianeto de potássio. É notável que Hitler, este suposto vegetariano e amante dos animais, não tenha tido remorso quanto a testar inicialmente o cianeto em seu cão Blondi.[18]

É irônico que as pessoas estejam tão dispostas a especular sobre a verdade a respeito do comprometimento absoluto de Isaac Bashevis Singer quanto ao bem-estar dos animais, e no entanto estarem tão dispostas a crer em um mito sobre o vegetarianismo de Hitler. Também é irônico que minha carta ao editor sobre o vegetarianismo de Isaac Bashevis Singer tenha desencadeado uma corrente de cartas que terminaria explodindo o mito do vegetarianismo de Hitler. É claro, não há razão convincente para esse mito embaraçar um movimento que contribui tanto à “saúde das galinhas”, como Singer uma vez expressou sua preocupação, à saúde dos seres humanos e à saúde ecológica do planeta. Todavia, não dói ter finalmente esclarecido nos arquivos que Pitágoras, Leonardo da Vinci, Tolstoi, Shaw, Gandhi e Singer eram vegetarianos, mas que o Sr. Hitler – que gostava de seus pombos recheados e assados – não o era.

 

Notas

[1] Robert Payne, The Life and Death of Adolf Hitler (New York: Praeger, 1973), pp. 346-7.
[2] Roberta Kalechofsky, Hitler’s Vegetarianism: A Question of How You Define Vegetarianism (ensaio não publicado, 1997).
[3] Ibid., p. 1.
[4] The Encyclopedia Britannica, Vegetarianism, ed. 1911, 27-28, p. 967.
[5] O itálico é meu.
[6] Fritz Redlich, Hitler: Diagnosis of a Destructive Prophet (Oxford: OUP, 1998), pp. 77-8.
[7] John Toland, Adolf Hitler (Garden City: Doubleday, 1976), p. 256.
[8] Kalechofsky, op. cit., p. 2.
[9] Toland, op cit., p .826.
[10] Ibid., p. 745.
[11] Ibid., p. 821.
[12] Ibid., pp. 824-5.
[13] Ibid., p. 761.
[14] Ibid., p. 741.
[15] Ibid., p. 741.
[16] Dione Lucas e Darlene Geis, The Gourmet Cooking School Cookbook (New York: Bernard Geis Associates, 1964), p. 89.
[17] ibid., p. 89.
[18] Redlich, op. cit., p. 216.
 

Publicado originalmente em VegSource
como “Why Hitler Was Not a Vegetarian”
Traduzido por Cami Álvares Santos